8.9.09

poema a alexandre o'neill

Alexandre,
Nem eu nem tu temos cabelo de asa de corvo, Alexandre.
Nem eu nem tu ficaremos a imaginar,
Vendo as gaivotas no Tejo a passar,
Enquanto desejo dar-te a mão, Alexandre.

Oh Alexandre,
Nem eu nem tu estamos aqui.
Nem aqui, nem hoje, nem já, Alexandre.
Não estaremos em lado nenhum,
Enquanto não me deres a mão,
Aquela que eu prefiro
Que sua com a minha no calor do Verão.

Alexandre, meu amor, vem agora.
Vem que o descanso nos aguarda,
Pelas palavras vãs que proferiste
Mas que tanto te cansaram.
A ti, e a mim, Alexandre.
Vem que o leito é meu.