19.4.07

Cura

Quero o tudo e quero o nada
Ser por inteiro a quem pertenço
Em que num sorriso desmotivada
Me dou às almas de quem venço
E todas as cores a preto e branco
Que me coloram a cegueira
Onde sou bastão libertado
Que sempre tropeça na beira
Deêm-me um mundo atropelado
De amor, dor, alegria e traições
Quero tactear desprovida de cuidado
Errar para armar as emoções
Que venha então o proveito
Da desinocência de sofrer
E ser a maior feliz sem preconceito
Depois de tal angústia me encher
Quis saber, e agora metade sei..
Quero alcançar a minha procura
Arrepender-me do que nunca farei
Não morrer da doença mas sim da cura

8.4.07

A Rapariga dos Olhos de Ninguém

Cega, vê o tudo
Se ama? Sempre alguém!
Eterna solitária acompanhada
A rapariga dos olhos de ninguém

Num só abraço o mundo odeia
Num outro igual todo o contrário lhe provém
Na linha de extremos, é horizonte
A rapariga dos olhos de ninguém

Mas os sentimentos são a menos
E suas palavras são a mais
Vive na ânsia do que nunca vem
A rapariga dos olhos de ninguém