21.1.07

Fuga

Há que encará-la como um emaranhado de linhas, construído na perfeição em cada seu ínfimo pormenor. Turbilhão enegrecido pela derrota de princípio tomada. Que sentido o de tentar desviar um fim tão existente? O aprisionamento leva à vontade de sumir. Desespero de destruir tudo e partir para bem alto. Os inúmeros braços impotentes tentam o inalcansável, o desemaranhar das linhas, a resolução e ignorância. Porém a fuga nunca se dá, a mente não permite. Bem sabe que as únicas linhas descruzadas vivem da ignorância ou da loucura genialista, ambas não queridas. E prolonga, prolonga de modo a que nunca acabe e sempre se complexe mais. Imensidão de dúvida e confusão. Mente e fuga confrontam-se para dominar o corpo. E as linhas dançam e sorriem como se apreciassem a a derrocada, o ruir do controlo. Sempre souberam que era preciso mais para suportar o confronto inevitável. A alma? Descanso, não sabe se a ignorância ou a inteligência, mas o descanso. Fuga do simples real e ordinário. Vontade tão incomensurável de escapulir, grito de desespero infindável por libertação mental. Os tais de braços esvaiem-se na sua essência, falta de motivação para o desvio do tal fim. Resguardar. Resguardar para depois voltar. E talvez um dia a fuga se dê, se liberte. Que a alma descanse...

2 comentários:

Anónimo disse...

Hi! Here's wishing you a sweet teen!

Anónimo disse...

Bastante interessante o comment anterior lol.Está profundo...mais k profundo, chega a tocar o inatingível do nosso ser interior que está escondido da desgraça em que nos encontramos daí foge para bem longe, mais e mais fundo cá dentro. Gostei ;)