28.12.06

Ciclo

O tornar do não ser
Me cinge a tal depressão
De que a arte depende então
Ou me impediria de escrever

Que se por isso quero passar
Mesmo sem não conseguir
Querendo que deixe de existir
Em mim habita sem cessar

E os dedos tacteiam
Coisa palpável que dissipa em mim
Me enche os olhos de cegueira assim
Para o sonho que todos anseiam

2 comentários:

Anónimo disse...

Ena..um poema que rima. Lol estou a brincar. É um pouco de inveja porque eu não consigo fazer rimar nada. :P
Bem que queres que diga? Está tão profundo que acho que não cheguei ao sognificado todo do poema. Enfim...acho que só posso comentar o que acho que compreendi .. desculpa.
Compreendo a parte da depressão inspirar os poemas. Nenhum poeta que eu conheça estava 100% contente com tudo e sem uma pitada de desespero ou incompreensão..se não não conseguiria escrever alguma coisa. E o mal é que se quer ter o prazer de escrever e queremos que a depressão acabe...mas uma coisa não coexiste com a outra. E a vontade de escrever é muita...
E mesmo que se tenha a coragem de prescindir da escrita, a depressão também teima em desaparecer, pois este Mundo expira tristeza e melancolia por todos os poros que tem. E lá vamos andando a escrever deprimidos à espera que alguém tenha a coragem de virar a página e acender a luz e nos trazer de volta à razão, a uma realidade melhor, que ao fim de tanto mal nos faça dizer:
-tudo acaba bem...se naõ é porque ainda não acabou.
E enquanto não se diz isso apenas pensamos num fim diferente...num texto trágico que temos medo que se concretize e esperamos que não se concretize...só podemos engolir respirar fundo e ganhar forças para contrariar esse fim em busca de um melhor.

o_O texto grande desculpa...nem sei se tem muito a ver com o poema...olha foi o que veio à lama neste momento. jokas

Anónimo disse...

LOL foi o que veio à lama...realmente estou a enterrar-me hehe
Queria dizer foi o que veio à alma...mas a depressão deve tar a bater mesmo no fundo =P
Desculpa...mas tu percebes ;)